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o aviador, o escritor e o mistério no céu do Campeche

  • Foto do escritor: Carol Del Lama
    Carol Del Lama
  • 27 de fev.
  • 2 min de leitura

Pouca gente sabe, mas Florianópolis guarda um segredo no céu e nas areias do Campeche. Um segredo que remonta aos anos 1920 e envolve um homem que cruzava os ares em seu avião, carregando cartas e histórias entre continentes. Um homem que, anos depois, escreveria um dos livros mais amados do mundo: O Pequeno Príncipe.

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Esse homem era Antoine de Saint-Exupéry, aviador e escritor francês. Antes de encantar gerações com sua fábula sobre amizade, amor e saudade, ele pilotava aeronaves da Aéropostale, a lendária companhia aérea francesa que transportava correspondências entre a Europa e a América do Sul. Sua rota passava pelo Brasil, e Florianópolis era um dos seus pontos de pouso preferidos.

Mas o que o fascinava na Ilha?

Dizem que Saint-Exupéry gostava de pousar no Campeche, onde sua aeronave fazia escalas técnicas antes de seguir viagem para Buenos Aires. Ele passava horas observando o mar, conversando com pescadores e ouvindo histórias sobre ventos, tempestades e estrelas. Os nativos, encantados com o francês que aparecia e desaparecia pelos céus, passaram a chamá-lo carinhosamente de “Zé Perri”, uma versão manezinha do seu sobrenome.

Alguns pescadores juram que ele gostava de caminhar descalço pela praia ao entardecer, olhando para o horizonte como se conversasse com o próprio tempo. Outros dizem que ele escrevia ali, de frente para o mar, rascunhando pensamentos que talvez tenham inspirado sua obra mais famosa.

Verdade ou lenda? Nunca saberemos ao certo. O que sabemos é que sua presença na Ilha deixou marcas. A Avenida Pequeno Príncipe, no Campeche, é uma homenagem ao homem que, um dia, sobrevoou nosso céu e pousou em nossas histórias.

Talvez, em alguma noite estrelada, se você olhar com atenção, ainda possa ver o rastro do avião de Saint-Exupéry cortando o céu da Ilha… ✨

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