leão: sentir, expressar e elevar
- Carol Del Lama
- 4 de ago.
- 3 min de leitura
Por Benter Oliveira

Saudações, queridos leitores!
Chegamos ao signo de Leão…
Há quem diga que são os sonhos dos homens que sustentam o mundo na sua órbita, partilha o leonino Carl Gustav Jung.
É bom saber que, na astrologia, os signos do zodíaco são classificados em três modalidades: cardinal, fixo e mutável, representando ritmos diferentes que influenciam a forma como cada signo lida com a vida, seus desafios e mudanças.
Os signos cardinais iniciam as estações. São: Áries, Câncer, Libra e Capricórnio. Conhecidos pela iniciativa, liderança e ação, são aqueles que começam projetos e lideram mudanças.
Os signos fixos ocupam o meio da estação: Aquário, Touro, Leão e Escorpião. Em geral, caracterizam-se pela estabilidade, determinação e persistência. Desejam consistência e sabem fazer a manutenção do que já foi iniciado. Podem ser teimosos e resistentes à mudança, mas são confiáveis e leais — sabem ser fiéis.
Os signos mutáveis encerram as estações: Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes. Flexíveis e adaptáveis, têm facilidade em lidar com mudanças e novas situações. Versáteis, abertos a experiências, mas podem ter dificuldades em manter o foco e a estabilidade.
Podemos também relacionar essas três modalidades com os três gunas da filosofia indiana:
Cardinal com rajas (movimento, ação)
Fixo com tamas (inércia, estrutura)
Mutável com sattva (equilíbrio, consciência)
Esse sincretismo pode nos ajudar a compreender melhor a dinâmica desses ritmos dentro de nós.
Como escreveu Jung:
“Se formos tocados por uma grande ideia de fora, devemos compreender que ela só nos toca porque há algo em nós que lhe corresponde e vai ao seu encontro.”
Outro ponto importante: um mapa astrológico é dividido em 12 setores ou áreas da vida, chamadas casas astrológicas. Cada signo serve como modelo arquetípico para o surgimento e o significado de uma casa.
Assim, iniciamos as reflexões com Áries representando a Casa 1 (ascendente), depois Touro (Casa 2), Gêmeos (Casa 3), Câncer (Casa 4) e agora chegamos a Leão, que representa a Casa 5.
Leão é uma das casas mais significativas na interpretação: fala da construção do ego e da identidade, da sensualidade (não sexualidade, que aparece na Casa 8), dos namoros, da gestação, da forma como nos relacionamos pedagogicamente com os filhos e do nosso modo de expressar alegria, arte e prazer.
É nessa fase da vida, por volta dos cinco anos de idade, que a criança começa seu processo de individuação. A Casa 5 nos oferece pistas sobre como será a adolescência. É a casa da expressão criativa, de todas as formas artísticas.
Leão representa o sentir, o corpo, a presença.
Bebês leoninos amam receber massagem e os adultos também.
Uma curiosidade: a palavra “animal” vem de anima, que significa alma.
O leonino se entrega ao ambiente sem contenção. Procura o prazer.
Às vezes, não sabe como sublimar a dor, e pode ser dramático.
O leão tem uma força centrípeta: agarra a “vítima” e a traz para si, para o peito onde bate o coração.
Seu mundo interno é regido pelo ritmo do coração e do pulmão.
Sua atenção, no entanto, está voltada para fora: caça com as orelhas, com o faro.
É o rei da selva e, por extensão, um dominador nato.
Mesmo entregue ao mundo sensorial, o leonino não abandona o espiritual.
Consegue dominar o externo sem perder o vínculo com o céu.
Mas se provocado, pode se tornar raivoso, embora não aja como um touro enraivecido.
Dá patadas curtas. E esquece com facilidade. Não é de guardar rancor.
O leonino aceita a vida como ela é, desde que possa ser o centro.
Seu sentimento o orienta à conduta certa. Sabe disciplinar-se.
O sentimento é sua mola mestra. É de lá que vem sua força, sua segurança, sua autoestima.
Leão também rege a pedagogia.
E uma das suas qualidades mais intrigantes é esta:
Para onde vai e no que toca, o leonino leva algo de elevado ao mundo: dignidade.
Ah, e lembre-se: todos temos o signo de Leão em algum lugar do nosso mapa natal.
Tudo isso vale pra você também.
Gestalt (para Leão, com Jung)
“Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos.”
“A forma do mundo em que o homem nasceu já está dentro dele como imagem virtual.”
“Do mesmo modo que aquele que fere ao outro, fere a si próprio, aquele que cura, cura a si mesmo.”
“Conhecer a nossa própria escuridão é o melhor método para lidar com as trevas dos outros.”
Bom momento dhármico!
“Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos.”