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a paz interior é a chave para a paz mundial

  • larissashanti
  • 20 de jun.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 26 de jun.

Solstício de Inverno, 2025

por: Benter Zion

Bem-vindos, amigos leitores, à estação de inverno no Hemisfério Sul!!


Trago para vocês os movimentos celestiais desde o nascimento do Jornal OFFLINE, e, sempre “convido” personalidades que representam o signo entrante do mês para nos acompanhar. Neste caso, convido os cancerianos, pois é em câncer que adentramos, junto ao início do solstício de inverno (que se refere à quando a noite é mais longa que o dia, fenômeno ocorrente devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol, fazendo com que um dos hemisférios receba menos luz solar). Meus convidados serão o 14º Dalai Lama e o nosso querido Gilberto Gil.

 

Dia 20 de junho de 2025, às 23:42h, será o início do solstício de inverno. Durante um solstício celebramos e reverenciamos a energia vital do sol (símbolo de força e vivacidade e o centro espiritual da consciência).

Este solstício de inverno será um convite para sermos mestres de nós mesmos: a paz interior sendo a chave para a paz mundial. Ele nos alerta que não basta entender/pensar o propósito, precisamos o sentir em cada passo, em cada gole de chá.

O inverno é um momento de transição, o início da jornada de volta à luz, simbolizando a superação da escuridão e o despertar para um novo ciclo de renovação e crescimento.


Entramos, neste ciclo do inverno, entrando na energia de Câncer. Os mestres do esoterismo diziam que Câncer é o signo através do qual as almas vêm à manifestação. É através dele que se exibe a luz da Alma (o filho no corpo, a alma na forma, a vida na matéria). Ele rege a família e tudo que se desenvolve a partir dela. Através de Câncer a Alma diz: "eu construo uma casa iluminada e nela moro”.


No entanto, Câncer não caminha sozinho, ele tem como sua regente a Lua, que reflete a Tríade Inferior Manifestada. A tríade inferior são as três forças básicas nas quais o Ser reencarna: o corpo mental, o corpo emocional e o corpo físico ou etérico vital. Caminhando junto à Câncer, a Mãe Lua reflete todos os padrões cármicos (bons ou maus) que herdamos ao nascer — os únicos padrões através dos quais o propósito da alma pode se pronunciar e evoluir.


Complementando Câncer, também está Capricórnio: o signo das realizações. Sua energia revela as qualidades superiores da alma reencarnada em Câncer, multiplicando ou expressando (casa 10, ação) os talentos herdados (casa 4, raiz).


Estes astros, em comunhão durante o solstício, desafiam o equilíbrio entre: luz e sombra, renovação energética e reconexão com o sagrado. Eles reforçam a existência dos ciclos da vida, essa alternância entre recolhimento e expansão, escuridão e luz, morte e renascimento. E, por fim, nos convidam a dar mais atenção ao nosso mundo interior, e acolher/aceitar nossa profundidade, compreendendo “o que” precisamos trabalhar em nós mesmos nesse novo ciclo de renascimento.


Gil, nosso primeiro canceriano, nos convida, através de sua poesia “Cada Tempo Em Seu Lugar”, a olharmos para dentro:


Preciso refrear um pouco o meu desejo de ajudar, não vou mudar um mundo louco dando socos para o ar...

Não posso me esquecer que a pressa é a inimiga da perfeição; se eu ando o tempo todo a jato, ao menos

aprendi a ser o último a sair do avião...

Preciso me livrar do ofício de ter que ser sempre bom,

Bondade pode ser um vício, levar a lugar nenhum; não posso me esquecer que o açoite também foi usado por Jesus...

Se eu ando o tempo todo aflito, ao menos aprendi a dar meu grito e a carregar a minha cruz...

Ô-ô, ô-ô

cada coisa em seu lugar...

Ô-ô, ô-ô

a bondade, quando for bom ser bom; a justiça, quando for melhor; o perdão, se for preciso perdoar...

Agora deve estar chegando a hora de ir descansar, um velho sábio na Bahia recomendou: "Devagar"...

Não posso me esquecer que um dia houve em que eu nem estava aqui; se eu ando por aí correndo, ao menos

Eu vou aprendendo o jeito de não ter mais aonde ir...

Ô-ô, ô-ô; cada tempo em seu lugar...

Ô-ô, ô-ô; a velocidade, quando for bom; a saudade, quando for melhor...

Solidão, quando a desilusão chegar...”


No entanto, nosso segundo canceriano convidado, Dalai Lama, em seu mergulho nas tradições budista, fez emergir a ideia contrária a Gil em relação a bondade. Trazendo em seus ensinamentos a importância do trabalho interno da generosidade, sempre e nesta estação. Nas palavras dele: a bondade é o que realmente importa. A bondade, o amor e a compaixão combinados são sentimentos que levam à essência da fraternidade, são os alicerces da paz interior. O amor é a base de tudo. Deve-se ter amor e compaixão por todos os seres sencientes, em especial por seus inimigos. Conclui que, se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz; sendo fundamento de toda prática espiritual o amor.


Para finalizar deixo uma curiosidade sobre a sincronia do mapa astral de Lama e Gil. Em ambos, Saturno — o mestre e monge interior (Casa 9, do autoconhecimento e do “Eu Maior”) — está fortemente presente. No entanto, enquanto Dalai tem Saturno em Peixes (trazendo sua maestria com a espiritualidade), Gil tem Saturno em Gêmeos (trazendo sua maestria com as palavras). A sincronia se dá, pois ambos têm saturno em oposição a lua, a regente de câncer: quando a responsabilidade confronta a segurança emocional.


Gestalt: Seja a mudança que você quer ver no mundo, instiga-nos Dalai Lama; amarra o teu arado a uma estrela, e os tempos darão safras e safras de sonhos; quilos e quilos de amor, canta Gil.

Desejo-lhes um bom momento Dhármico!

A paz interior é a chave para a paz mundial.

Oh! tempo rei, transformai as velhas formas do viver...



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