em tempos de sol em Áries, na procura de um propósito…
- Carol Del Lama
- 1 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de abr.

“Quem tem um porquê enfrenta qualquer como”, afirma o ariano psicanalista Viktor Frankl, fundador da Logoterapia.
Sobreviveu a quatro campos de concentração nazista e descobriu que a consciência de ter uma missão a cumprir na vida proporciona uma maior capacidade de superação e resistência a problemas e dificuldades.
Ao encontrar um sentido na vida de forma única e pessoal, podemos melhorar a qualidade de vida. Ao termos clareza do nosso propósito, enfrentaremos as dificuldades da vida com mais leveza.

E assim iniciamos nossa jornada de compreensão do arquétipo do signo de Áries. Ele representa o primeiro pensamento de Deus, sendo a energia do propósito e do impulso: o “desejo–ideia” genuína e valente, que se impõe pelo poder de ser o primeiro. Irrompendo no ambiente, se impõe através da força, expressando claramente o que quer — embora a conquista disso nem sempre aconteça de forma clara, sua força e impulso são evidentes.
Ele é o líder, o protagonista. É assertivo, imediatista e possui notável capacidade de resiliência e determinação (teimosia). Representa o guerreiro e as guerras — um assunto muito atual, que ganhará novos olhares e impulsos quando Saturno e Netuno estiverem neste signo. Netuno já ingressou em Áries em 30 de março. Saturno estará transitando em Áries entre maio e setembro, com promessa de muitas aventuras inusitadas, tanto no pessoal quanto no coletivo.
Completando o perfil básico de Áries, dizem que há dois tipos de arianos: o horizontal e o vertical.

Tomo a lenda do Rei Arthur e sua Távola Redonda com os cavaleiros para explicar. Lancelot, o primeiro cavaleiro, lutava pela liberdade e pelo prazer da aventura — um Áries horizontal. Já o Rei Arthur, o Áries vertical, lutava pelo ideal de um novo mundo mais justo e igualitário. Lancelot se converteu a essa verticalidade quando descobriu esse propósito superior.
Por fim, estamos alinhados entre essas duas instâncias, que ao se cruzarem formam uma cruz: a cruz da existência, que nos exige o conhecimento do nosso propósito — ou Dharma, como dizem no hinduísmo — como um caminho de realização. Neste período ariano, tudo isso emerge e nos empurra para novas aventuras (a etimologia da palavra “aventura” quer dizer “o que há por vir”; a aventura é ter um propósito).

Fechando com Viktor Frankl: quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável, devemos transformá-la; e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos. Se não está em nossas mãos mudar uma situação que nos causa dor, sempre poderemos escolher a atitude com que encaramos esse sofrimento.
Bom momento dhármico!
Por Benter Zion