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a inovação que nasce na Ilha da Magia

  • larissashanti
  • 21 de set.
  • 3 min de leitura

Apaixonado por tecnologia desde cedo, Gustavo Tremel transformou uma ideia nascida em Florianópolis em solução global.


Ao conversar com Gustavo Tremel, percebi que estava diante de alguém especial. Não apenas pela trajetória impressionante do jovem empreendedor da ilha, que ousou provar sua ideia no maior mercado do mundo, mas pela maneira serena com que ele carrega esse feito. Para ele, tecnologia não é apenas velocidade ou competição, mas também equilíbrio e simplicidade.


Gustavo fundou, em 2012, a Decora: empresa que se tornou líder global na criação de ambientes 3D e imagens em CGI para os maiores varejistas do planeta. Foi com a Decora que ele viveu um dos maiores pontos de virada de sua carreira: comprovar, já nos Estados Unidos, que sua solução poderia resolver um problema mundial. O primeiro contrato internacional mostrou que aquilo que havia nascido na Ilha tinha força para atravessar fronteiras.


Hoje, Gustavo está à frente da Vaas, uma empresa de “compliance tech” que segue impulsionando o setor de tecnologia e reforçando o papel de Florianópolis como um dos grandes destaques no cenário nacional.


Quando você fundou a Decora, havia um ecossistema na Ilha que favoreceu esse nascimento, ou foi mais um movimento pessoal?


Um pouco dos dois. A Ilha respira tecnologia e isso facilitou muito. Ao mesmo tempo, eu queria provar

que dava pra criar algo “top tier” sem sair da Ilha. O ecossistema ainda era pequeno, mas a comunidade

sempre foi aberta e isso ajudou bastante.



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Qual foi o maior desafio nessa jornada?


O desafio da jornada do empreendedor é diário. Do empreendedor de tecnologia, é sobreviver ao dia seguinte. Você nunca é único no mundo e sempre estará concorrendo com as melhores mentes do planeta. Se eu consegui vender fora, com 22 anos, quantas pessoas não podem fazer isso, aqui, hoje?


Para quem empreende em tecnologia pelo Brasil, qual é a imagem que Floripa tem?


Não é só “Ilha da Magia”. Floripa é vista como um lugar de talentos, onde dá para viver bem e, ao mesmo tempo, construir empresas globais. Quem está no mundo da tecnologia vê essa qualidade em Floripa. Quem é de fora, infelizmente, associa a cidade muito unicamente ao turismo. Pra quem vem a passeio,

Floripa é praia. Pra quem está no mundo tech, é um polo em ascensão.


Que conexões concretas você vê hoje entre startups da Ilha e hubs globais como Vale do Silício, Berlim ou Singapura?


Cada vez mais, temos empresas daqui captando no Vale, vendendo pra fora e conectadas com hubs na Europa e na Ásia. Esse movimento já é real.


Qual é o risco de não acompanharmos a velocidade de adoção tecnológica no resto do mundo?


A tecnologia é uma guerra silenciosa. Empresas e países estão mudando numa velocidade absurda. Se não

acompanharmos, podemos olhar para trás e perceber que ficamos fora da história, talvez pra sempre.


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Em quais áreas você aposta que o uso da tecnologia em Florianópolis deve se intensificar nos próximos 5 a 10 anos?


Educação personalizada, saúde, turismo... Se conseguirmos, realmente, tornar Floripa um hub do

país e do mundo, vamos ter muitas Decoras pela frente em diversos setores. Não há limites.


Qual foi o momento mais inusitado em que o uso da tecnologia te surpreendeu?


Na época da Decora, um designer 3D, quase sem visão, da Índia, usava nossa plataforma com auxílio do

filho. Com esse trabalho, ele pagava a escola das crianças. Uma tecnologia criada aqui impactando uma família do outro lado do mundo. Foi um dos momentos de que mais me orgulho.


Se tivesse que explicar para um empreendedor de fora por que vale a pena abrir uma empresa de tecnologia em Floripa, qual seria seu pitch de 30 segundos?


Floripa tem talento de nível global, um ecossistema crescendo rápido e qualidade de vida que nenhum grande centro oferece. Aqui, é possível construir empresas internacionais e ainda viver bem.


Inovar não é só correr. Em Floripa aprendemos que equilíbrio, comunidade e qualidade de vida também fazem parte da inovação. Em um grande centro, você sempre estará correndo atrás do tempo e a inovação ficará distante. Inovação é feita através de hábitos que deixam seu cérebro trabalhar. Não conheço nenhum outro lugar do mundo que proporcione o que Floripa nos oferece.


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